
O advogado Celso Vilardi, que integra a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro no julgamento sobre a chamada “trama golpista”, avaliou nesta quarta-feira (10) que o voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou de forma clara a inconsistência das acusações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O ministro votou pela absolvição de Bolsonaro em todos os pontos levantados pela acusação, que pedia a condenação do ex-presidente por crimes como organização criminosa, golpe de Estado e até deterioração de patrimônio tombado — acusações vistas por apoiadores como parte de uma perseguição política.
Segundo Vilardi, o voto foi “absolutamente técnico” e analisou minuciosamente as provas, mostrando que não existe qualquer evidência de crime. Para o advogado, Fux acolheu integralmente a tese da defesa, reconhecendo que Bolsonaro apenas cogitou medidas durante o exercício do seu mandato, mas que “não aconteceu nada” de ilegal.
O ministro também apontou cerceamento de defesa no processo e votou pela sua anulação, reforçando a crítica de que o julgamento estaria marcado por irregularidades.
Apesar disso, o placar segue em 2 a 1 pela condenação, já que os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram contra o ex-presidente. O julgamento será retomado nesta quinta-feira (11), às 14h, com os votos da ministra Cármen Lúcia e do ministro Cristiano Zanin.