Na tarde desta quarta-feira, dia 08, representantes de diversos municípios fluminenses se reuniram no III Fórum Permanente dos Conselhos Comunitários de Segurança (CCS) do Rio de Janeiro. O encontro contou com a presença de autoridades estaduais e municipais, além de lideranças comunitárias de todo o estado. Entre os participantes estavam a presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Volta Redonda, Rosane Soares Pereira, e o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG) de Barra Mansa, Roberto Souza, que representaram as cidades do Sul Fluminense.
Durante o fórum, as lideranças da região destacaram demandas importantes, como a criação de uma Delegacia de Homicídios para atender o Sul Fluminense e o reforço do efetivo da Polícia Militar. As reivindicações refletem a preocupação das comunidades locais com o enfrentamento à criminalidade e a busca por maior presença das forças de segurança nos municípios.
O evento foi conduzido por autoridades como o secretário de Segurança Pública do Estado, Victor Cesar Carvalho dos Santos, o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, e o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo Menezes, além da diretora-presidente do Instituto de Segurança Pública (ISP), Marcela Ortiz, que fez a abertura do encontro.
Marcela ressaltou o papel essencial dos Conselhos Comunitários de Segurança como espaços de diálogo entre o poder público e a sociedade civil.
“Os conselhos são instrumentos de colaboração social, verdadeiros canais de escuta e construção conjunta. É por meio deles que os cidadãos podem relatar problemas de segurança em seus bairros e propor soluções. O Fórum tem exatamente esse propósito: fortalecer a interlocução entre governo e população”, destacou.
Um dos temas centrais do encontro foi a apresentação dos resultados do Instituto de Segurança Pública (ISP) e das estratégias adotadas para conter o avanço do tráfico de drogas e ampliar o enfrentamento ao crime organizado. As autoridades apontaram que a apreensão de fuzis segue como um dos maiores desafios para as forças de segurança.
“O Rio de Janeiro não fabrica armas, mas lidera o ranking de apreensões de fuzis. A omissão do Governo Federal agrava diariamente a nossa capacidade de reação contra os criminosos”, afirmou o secretário Victor Cesar Carvalho dos Santos, que também destacou o papel da tecnologia no combate à criminalidade.
O uso de drones, câmeras com reconhecimento facial e equipamentos inteligentes tem sido uma das principais apostas do Estado para compensar a defasagem no número de agentes e garantir maior eficiência nas operações. Durante o evento, ficou evidente que os Conselhos Comunitários de Segurança continuam sendo uma ponte fundamental entre a população e as instituições públicas, reafirmando o compromisso com uma segurança mais participativa, transparente e conectada às necessidades reais de cada comunidade.