
A Polícia Civil deflagrou, nesta quinta-feira (18), a "Operação Pax Stadium", com o objetivo de desarticular grupos criminosos infiltrados em torcidas organizadas do futebol carioca. A operação, conduzida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), cumpriu 39 mandados de busca e apreensão em diversos endereços, incluindo as sedes das principais torcidas da capital.
Durante a operação, dois homens foram presos em flagrante — um deles por entrar em confronto com os policiais e o outro por posse ilegal de arma de fogo. Além disso, dois fuzis e munições foram apreendidos, e um suspeito foi neutralizado após confronto com os agentes.
A investigação, que contou com o apoio do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (Bepe) da Polícia Militar, tem como foco indivíduos que se utilizam da estrutura das torcidas para praticar crimes como roubos, homicídios e atos de violência urbana. Segundo a Polícia Civil, não se trata de uma ofensiva contra as torcidas organizadas legalmente constituídas, mas sim contra criminosos que usam a fachada de torcedor para promover a desordem.
As apurações apontam que esses criminosos vêm utilizando as redes sociais para marcar confrontos violentos, que resultam frequentemente em pessoas feridas ou até mortas. A operação busca reunir provas e informações para identificar e desarticular organizações criminosas que atuam no ambiente das torcidas.
Além da Draco, participaram da operação agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e dos Departamentos-Gerais de Polícia Especializada (DGPE) e da Capital (DGPC).
A Polícia Civil reforça que ações como essa são essenciais para garantir a segurança nos estádios e no entorno dos eventos esportivos, preservando o caráter pacífico do futebol como manifestação cultural e esportiva.