
Washington, 11 de setembro de 2025 – O assassinato de Charlie Kirk, um dos mais influentes ativistas conservadores norte-americanos e fundador do movimento Turning Point USA, provocou forte comoção nos Estados Unidos e repercutiu imediatamente no cenário político, especialmente pela sua proximidade com o ex-presidente Donald Trump.
Kirk foi morto a tiros na terça-feira (10), durante uma palestra na Utah Valley University, em Orem, Utah. O disparo, que atingiu o pescoço do ativista, partiu de um ponto elevado, segundo registros em vídeo e testemunhas. A polícia montou uma operação de busca intensa, mas até o momento o autor do crime não foi identificado. Pessoas detidas inicialmente foram liberadas por falta de provas de envolvimento.
Charlie Kirk era considerado um dos mais leais aliados do ex-presidente Donald Trump. Aos 31 anos, havia se consolidado como uma das vozes mais expressivas do conservadorismo jovem nos EUA, levando a pauta MAGA (Make America Great Again) para universidades e redes sociais.
Sua atuação incluía debates polêmicos sobre imigração, armas, gênero e liberdade de expressão, o que o tornou ao mesmo tempo um ícone para a direita e alvo frequente de críticas de opositores progressistas.
O que disse Donald Trump
Donald Trump reagiu rapidamente ao atentado. Nas primeiras horas, usou sua rede social para pedir orações por Kirk, descrevendo-o como “um cara incrível de todos os lados”. Mais tarde, em pronunciamento gravado no Salão Oval, classificou o episódio como “um momento sombrio para a América”, chamando Kirk de “maravilhoso americano” e “lendário defensor da liberdade”.
Trump afirmou ainda que a voz do ativista “será maior e mais grandiosa após seu sacrifício”, responsabilizando o que chamou de “retórica inflamatória da esquerda radical” por criar um ambiente de violência política.
O ex-presidente ordenou que as bandeiras fossem hasteadas a meio-mastro em sinal de luto e prometeu que “os monstros responsáveis” pelo assassinato serão localizados e levados à justiça.
Repercussões políticas
Lideranças de ambos os partidos condenaram o crime, classificando-o como “um ataque à democracia”. Parlamentares republicanos aproveitaram para reforçar críticas à escalada de violência contra vozes conservadoras, enquanto democratas pediram cautela e união contra qualquer forma de extremismo político.
A morte de Kirk acontece em meio a um ambiente de forte polarização nos EUA, marcado por atentados, ameaças a políticos e crescente radicalização nas ruas e nas redes. Para analistas, o caso pode influenciar o clima da próxima corrida presidencial e aprofundar a discussão sobre segurança de líderes partidários e figuras públicas.